A contemplação do frio
entrando como proprietário pelas frinchas das janelas.
Quando o peso dos cobertores me soterrar
só conseguirei distinguir a ausência
da janela...
...e nela a anuência.
quarta-feira, novembro 21, 2007
sexta-feira, novembro 09, 2007
Três poemas ingénuos:
I
No meu sonho
suponho
que me dás a mão
sem indiferença.
Com a diferença
que ponho
neste sonho
de antemão.
II
Há quem não saiba onde por
amor
o preto no branco dos trilhos.
Que soltem os gritos incontidos -
os nossos filhos
coloridos
não distinguirão a nossa cor.
III
Gosto de andar nu pela casa
a ler poemas que gosto.
A dimensão da poesia:
despojada e despudoradamente universal.
I
No meu sonho
suponho
que me dás a mão
sem indiferença.
Com a diferença
que ponho
neste sonho
de antemão.
II
Há quem não saiba onde por
amor
o preto no branco dos trilhos.
Que soltem os gritos incontidos -
os nossos filhos
coloridos
não distinguirão a nossa cor.
III
Gosto de andar nu pela casa
a ler poemas que gosto.
A dimensão da poesia:
despojada e despudoradamente universal.
quarta-feira, outubro 03, 2007
Pudesse eu despir-te e contemplar-te sem pensar em explodir em ti. Bem sei que toda esta conversa se pode tornar banal, talvez um semi-cliché - estar a olhar para ti enquanto trabalhas na biblioteca -, mas tenho que exprimir a ternura e o desejo, tenho necessariamente que deixar fluir a imaginação e acompanhar essa torrente com um toque no braço, uma mão na perna - pudesses estar de saia -, enfim uma aproximação em sorriso que nos junta num beijo - e nesse beijo, só aí, talvez eu conseguisse com que te percorresse um arrepio, algo em ti derretesse e me sorrisses: não com a complacência da distracção, mas com o amor acendido e a certeza de que se não estivesses aqui, na biblioteca, te irias despir para que eu te contemplasse.
terça-feira, setembro 18, 2007
terça-feira, setembro 04, 2007
Peçam-me a solidez de uma rocha
e que sobre os meus ombros se sustente o mundo
e que se sinta em mim
quem se senta em mim sob a aurora.
Que eu possa proteger quem passa
contra a aridez das tempestades -
que da serena erosão do tempo cresçam praias nuas -
que esmagadas nos meus dedos
as tuas lágrimas se consumam em desejo.
e que sobre os meus ombros se sustente o mundo
e que se sinta em mim
quem se senta em mim sob a aurora.
Que eu possa proteger quem passa
contra a aridez das tempestades -
que da serena erosão do tempo cresçam praias nuas -
que esmagadas nos meus dedos
as tuas lágrimas se consumam em desejo.
sábado, agosto 25, 2007
Um fotograma preso nos dedos
projectado numa espuma de ausência e silêncio.
As paredes vazias. Uma sala escura de prata.
Ausência e silêncio derretidos. Quero ampliar a imagem
das imagens que quero.
Quero resgatar-te à ilha que habitas, quero
filtrar-te nas rodófitas dispersas, quero fotografar-te
numa expiração sôfrega, quero o ponto de fuga geométrico
da luz que exalas, quero a perspectiva do encontro em retrospectiva,
no aquário da câmera que seguro e que aponto para ti,
nas bolhas de ar ansioso do beijo enquadrado que quero.
Folhas ainda vazias.
projectado numa espuma de ausência e silêncio.
As paredes vazias. Uma sala escura de prata.
Ausência e silêncio derretidos. Quero ampliar a imagem
das imagens que quero.
Quero resgatar-te à ilha que habitas, quero
filtrar-te nas rodófitas dispersas, quero fotografar-te
numa expiração sôfrega, quero o ponto de fuga geométrico
da luz que exalas, quero a perspectiva do encontro em retrospectiva,
no aquário da câmera que seguro e que aponto para ti,
nas bolhas de ar ansioso do beijo enquadrado que quero.
Folhas ainda vazias.
Trazes-me numa ondulação suave
porque tudo em ti é mergulho.
Acabo por me perder ao mergulhar-te.
E sou uma crinaça
embevecida por uma explosão de cores.
Descubro uma expressão,
um sono, um acordar, um sorrir ao dia.
Descubro um tom cobre
de electricidade nos fios dos teus cabelos.
Descubro um sinal
num canto secreto que eu desvendei.
Trazes-me de volta sem fôlego -
quero um beijo para voltar a mergulhar.
22-08-2007 (ao acordar...)
porque tudo em ti é mergulho.
Acabo por me perder ao mergulhar-te.
E sou uma crinaça
embevecida por uma explosão de cores.
Descubro uma expressão,
um sono, um acordar, um sorrir ao dia.
Descubro um tom cobre
de electricidade nos fios dos teus cabelos.
Descubro um sinal
num canto secreto que eu desvendei.
Trazes-me de volta sem fôlego -
quero um beijo para voltar a mergulhar.
22-08-2007 (ao acordar...)
terça-feira, agosto 14, 2007
terça-feira, agosto 07, 2007
quarta-feira, agosto 01, 2007
quinta-feira, julho 26, 2007
quarta-feira, julho 25, 2007
quinta-feira, julho 19, 2007
Inexactos estes passos
de palavras estranhas
e uma poesia incontida -
as cicatrizes não saram
a voz do poema antigo é chaga
sempre infecta
e as costuras enredam-se num nó denso.
A ânsia das palavras
traz fogo
à loucura incandescente
e sangrias à boca.
Mas já chegam o dia calmo
e as palavras que querem ser ouvidas.
Mas já cantam as palavras
num amanhecer sem desespero.
Mas já há luz para o poema.
de palavras estranhas
e uma poesia incontida -
as cicatrizes não saram
a voz do poema antigo é chaga
sempre infecta
e as costuras enredam-se num nó denso.
A ânsia das palavras
traz fogo
à loucura incandescente
e sangrias à boca.
Mas já chegam o dia calmo
e as palavras que querem ser ouvidas.
Mas já cantam as palavras
num amanhecer sem desespero.
Mas já há luz para o poema.
quarta-feira, julho 11, 2007
Ensinaste-me tanto,
que os homens choram e o pranto
das crianças é mágoa,
desta cor que bebem por água
as crianças.
Ensinaste-me num murmurio
que a prisão sempre cai e um muro
se derruba à nossa volta
e dizes de mim as flores e a lua solta
e me derrubas.
Ensinaste-me a estar nua
e que em mim a terra é tua
e todos já sabem que se move
o cheiro da terra quando choras e chove
e purifica a todos.
Ensinaste-me num suspiro
que quando acordo e me viro
e não estás e lá fora cai a chuva
eu choro de morte, choro viúva,
porque não estás.
que os homens choram e o pranto
das crianças é mágoa,
desta cor que bebem por água
as crianças.
Ensinaste-me num murmurio
que a prisão sempre cai e um muro
se derruba à nossa volta
e dizes de mim as flores e a lua solta
e me derrubas.
Ensinaste-me a estar nua
e que em mim a terra é tua
e todos já sabem que se move
o cheiro da terra quando choras e chove
e purifica a todos.
Ensinaste-me num suspiro
que quando acordo e me viro
e não estás e lá fora cai a chuva
eu choro de morte, choro viúva,
porque não estás.
sexta-feira, julho 06, 2007
quinta-feira, julho 05, 2007
quinta-feira, maio 10, 2007
Queria correr por este areal nu,
vestir de ondas o mar
e na doçura redonda destas mulheres
plantar especiarias eróticas.
Mergulho na ausência e no silêncio.
Só. Tão só.
Mas não se ergam as vozes -
venham em surdina com nádegas e seios e suor
e dancemos as correntes e ondas desejadas
como faz o vento quando chega.
Venham então colher promessas de plantas exóticas
e venham com os raios quentes da alegria
correr nuas comigo -
como faz o vento quando parte.
05-05-07
vestir de ondas o mar
e na doçura redonda destas mulheres
plantar especiarias eróticas.
Mergulho na ausência e no silêncio.
Só. Tão só.
Mas não se ergam as vozes -
venham em surdina com nádegas e seios e suor
e dancemos as correntes e ondas desejadas
como faz o vento quando chega.
Venham então colher promessas de plantas exóticas
e venham com os raios quentes da alegria
correr nuas comigo -
como faz o vento quando parte.
05-05-07
quinta-feira, maio 03, 2007
Nestas árvores desfolhadas
houve um dia homens que a Primavera trouxe.
Eram pássaros mas não voaram.
Tinham um canto de sangue,
derramado até ao grito
num sussurro proscrito nessa madrugada.
Foi um dia que foram anos.
Foi um silêncio e foi um voo denso,
um céu de asas que dissipavam nuvens -
todo o nevoeiro do tempo.
Eram homens que foram pássaros
e voaram.
Era um silêncio que foi um grito
e pássaros que enfim puderam ser homens.
Foi um dia e foram anos.
Hoje, no Largo do Carmo,
as árvores estão vazias -
não há sinal de homens
nem de pássaros.
06-02-2007 (Enquanto esperava, sentado, no Largo do Carmo)
houve um dia homens que a Primavera trouxe.
Eram pássaros mas não voaram.
Tinham um canto de sangue,
derramado até ao grito
num sussurro proscrito nessa madrugada.
Foi um dia que foram anos.
Foi um silêncio e foi um voo denso,
um céu de asas que dissipavam nuvens -
todo o nevoeiro do tempo.
Eram homens que foram pássaros
e voaram.
Era um silêncio que foi um grito
e pássaros que enfim puderam ser homens.
Foi um dia e foram anos.
Hoje, no Largo do Carmo,
as árvores estão vazias -
não há sinal de homens
nem de pássaros.
06-02-2007 (Enquanto esperava, sentado, no Largo do Carmo)
domingo, abril 15, 2007
quinta-feira, abril 12, 2007
quinta-feira, abril 05, 2007
Mudou de maneira concreta
o amor de imaginar amar-te,
quando não estás e te imagino
e quando te imagino e estás.
Não estás e passeio nas montras.
O que a imaginação me mostra
não consigo esconder.
Nem quero. Assim habita em mim
o que em mim mudou.
Quando me imaginava a despir-te
e desfilava nos meus olhos, nos meus dedos, nos meus lábios, no meu desejo,
a harmonia alva e rosa do teu peito
tudo era efémero.
E dói-me não te absorver num grito,
dói-me o grito acabar.
Agora passeio nas montras
e nunca como agora senti os bolsos vagos.
Eis uma fome nova, uma sede áspera.
Imagino-me a vestir-te.
Não a despir-te - a vestir-te,
e conhecer o toque dos tecidos a eriçar-te a pele,
o deslize dos vestidos pelo teu corpo e os vestidos a entrarem nele
e eu vestindo-te despindo-te,
troco as sedas pelos contornos das minhas pernas
e novos veludos pelo fogo do meu peito
e depois eu despindo-te vestindo-te
e descobrindo-te os contornos claros
no bailar inebriante dos teus passos
e tudo enfim se insinuar num rendilhado
que exibes em mármore
e que me prende ao tempo,
sem tempo que me prenda, numa teia densa.
30-12-2006
o amor de imaginar amar-te,
quando não estás e te imagino
e quando te imagino e estás.
Não estás e passeio nas montras.
O que a imaginação me mostra
não consigo esconder.
Nem quero. Assim habita em mim
o que em mim mudou.
Quando me imaginava a despir-te
e desfilava nos meus olhos, nos meus dedos, nos meus lábios, no meu desejo,
a harmonia alva e rosa do teu peito
tudo era efémero.
E dói-me não te absorver num grito,
dói-me o grito acabar.
Agora passeio nas montras
e nunca como agora senti os bolsos vagos.
Eis uma fome nova, uma sede áspera.
Imagino-me a vestir-te.
Não a despir-te - a vestir-te,
e conhecer o toque dos tecidos a eriçar-te a pele,
o deslize dos vestidos pelo teu corpo e os vestidos a entrarem nele
e eu vestindo-te despindo-te,
troco as sedas pelos contornos das minhas pernas
e novos veludos pelo fogo do meu peito
e depois eu despindo-te vestindo-te
e descobrindo-te os contornos claros
no bailar inebriante dos teus passos
e tudo enfim se insinuar num rendilhado
que exibes em mármore
e que me prende ao tempo,
sem tempo que me prenda, numa teia densa.
30-12-2006
O vento arrasta-lhe os cabelos
numa ondulação tonta,
serpenteante,
como um mergulho no vazio.
Para onde leva o perfume
que ficou do sono e da cama?
É preciso recuperar esse perfume,
abraçar o mar com força,
colar ao corpo alvo o sabor das ondas.
E no vento surgir desperto.
E do vento segurar o grito.
E ao vento abrir os braços
e respirar a forma alada
do que somos.
10-2006
numa ondulação tonta,
serpenteante,
como um mergulho no vazio.
Para onde leva o perfume
que ficou do sono e da cama?
É preciso recuperar esse perfume,
abraçar o mar com força,
colar ao corpo alvo o sabor das ondas.
E no vento surgir desperto.
E do vento segurar o grito.
E ao vento abrir os braços
e respirar a forma alada
do que somos.
10-2006
segunda-feira, abril 02, 2007
Abres os olhos e um sorriso
desperta os sentidos dormentes.
O teu - lindo.
O meu - torpe.
Sorris e eu, enfim, sorrio.
Suspiro - a incógnita do sorriso
transpira um orvalho cálido,
e as minhas mãos
ainda não seguram as tuas.
O vento penteia uma cortina dourada
e as minhas mãos?
Seguro um livro de poemas distantes
e escolho um que não fala de amor.
Estendo-te as mãos e sorrio.
31-01-2007
desperta os sentidos dormentes.
O teu - lindo.
O meu - torpe.
Sorris e eu, enfim, sorrio.
Suspiro - a incógnita do sorriso
transpira um orvalho cálido,
e as minhas mãos
ainda não seguram as tuas.
O vento penteia uma cortina dourada
e as minhas mãos?
Seguro um livro de poemas distantes
e escolho um que não fala de amor.
Estendo-te as mãos e sorrio.
31-01-2007
Uma teia de emoções,
trepadeira pungente na ausência do jardim.
Há uma folha de papel em branco
e barro de tez canela,
há fios de ouro a pentear o rio,
há noites estilhaçadas
de onde acordo numa torrente de cor.
Da janela recente mergulho.
Para trás um súbito desabar,
o pó que me envolve e me tosse.
a caveira do amor
e escuro e frio.
Escrevi um prelúdio para orquestra.
Senti nas cordas do violino todo o tempo afinar
um vento de flauta embalando o olvido
um sussurro contralto que do silêncio me acordou.
Da janela recente mergulho.
Vai-me envolvendo uma teia de palavras.
Numa folha branca um perfume primaveril,
mármore e beijo.
A janela é um sorriso alado.
trepadeira pungente na ausência do jardim.
Há uma folha de papel em branco
e barro de tez canela,
há fios de ouro a pentear o rio,
há noites estilhaçadas
de onde acordo numa torrente de cor.
Da janela recente mergulho.
Para trás um súbito desabar,
o pó que me envolve e me tosse.
a caveira do amor
e escuro e frio.
Escrevi um prelúdio para orquestra.
Senti nas cordas do violino todo o tempo afinar
um vento de flauta embalando o olvido
um sussurro contralto que do silêncio me acordou.
Da janela recente mergulho.
Vai-me envolvendo uma teia de palavras.
Numa folha branca um perfume primaveril,
mármore e beijo.
A janela é um sorriso alado.
sexta-feira, março 30, 2007
sexta-feira, março 23, 2007
A saber:
Nada sei além
De que dizer o teu nome
É manifesto de filosofia,
Saber o sabor do conhecer,
É vida
E desafiar o medo e a morte
Sem morrer.
Limite que tende para o infinito,
Extremo tudo-ou-nada
Que é de súbito mel,
Para o mal, para o bem,
Sem nada saber além
De que dizer Sofia
Tem do desconhecido a magia
E do filosofar do conhecimento
O momento efémero que é eterno,
E o ar,
Pois se alguém o inspira
É para que fale em perfume
O teu nome.
A saber:
Penso em ti porque existes,
Como porque tenho fome,
Bebo porque tenho sede.
Ao retrato improvisado
De montes, vales, nascentes e florestas
Fiz do teu corpo o meu mundo.
Fecunda no teu ventre,
Tornas-te metafísica, dialéctica,
Ecléctica porque, enfim, material.
Penso em ti e já existo.
Nada sei além
De que dizer o teu nome
É manifesto de filosofia,
Saber o sabor do conhecer,
É vida
E desafiar o medo e a morte
Sem morrer.
Limite que tende para o infinito,
Extremo tudo-ou-nada
Que é de súbito mel,
Para o mal, para o bem,
Sem nada saber além
De que dizer Sofia
Tem do desconhecido a magia
E do filosofar do conhecimento
O momento efémero que é eterno,
E o ar,
Pois se alguém o inspira
É para que fale em perfume
O teu nome.
A saber:
Penso em ti porque existes,
Como porque tenho fome,
Bebo porque tenho sede.
Ao retrato improvisado
De montes, vales, nascentes e florestas
Fiz do teu corpo o meu mundo.
Fecunda no teu ventre,
Tornas-te metafísica, dialéctica,
Ecléctica porque, enfim, material.
Penso em ti e já existo.
Lua branca,
Criança e maturidade
Com nádegas olhos seios
A iluminar caminhos sem idade.
Perco-me para me encontrar
Do fogo longe e perto,
Da volta ao mundo do mundo em mim
Que vejo cheiro ouço sinto
Em ti, branca nua.
Mulher clara
Gema casca corpo
De qualquer forma casta
De qualquer forma a forma
A refeição a forma o pão
Sustento das horas sem fim
Mas que passam.
Cara coroa
Luz da noite
Canta e os males espanta
E o sorriso
Magoa de imenso.
Dentadas
Dentes esmalte
Ouro canela marfim
Fonte por vezes fechada
Por vezes quimera
Por vezes nem a sede a esgota
Na gota-a-gota-a-gota
Em que entro quando é chama
Pimenta e caril em que me chamas.
Criança e maturidade
Com nádegas olhos seios
A iluminar caminhos sem idade.
Perco-me para me encontrar
Do fogo longe e perto,
Da volta ao mundo do mundo em mim
Que vejo cheiro ouço sinto
Em ti, branca nua.
Mulher clara
Gema casca corpo
De qualquer forma casta
De qualquer forma a forma
A refeição a forma o pão
Sustento das horas sem fim
Mas que passam.
Cara coroa
Luz da noite
Canta e os males espanta
E o sorriso
Magoa de imenso.
Dentadas
Dentes esmalte
Ouro canela marfim
Fonte por vezes fechada
Por vezes quimera
Por vezes nem a sede a esgota
Na gota-a-gota-a-gota
Em que entro quando é chama
Pimenta e caril em que me chamas.
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