terça-feira, junho 25, 2013

Medro no calor
suo o futuro
vou em voo duro
tendo sotaque a medo
e hilariando o baque do temor
não sei quando parto
se por um parto de amor
invado o quarto
invado o sopro
assomo ao segredo
assumo o decifrado
pela margem da porta
abro a imagem do mar
e vou errar
e talvez sofra
mas no mergulho que olho
acredito no que adivinho -
posso até quebrar sozinho
mas sei que não falho.

sexta-feira, junho 14, 2013

Eu salto
se oiço chamar a ternura
do alto da estrutura do tempo
Eu salto
se a boca premente treme
um sobressalto que geme um beijo
Eu salto
se o corpo me redime
ao assalto que exprime o desejo
Eu salto
se o espaço me expande
ao dar o salto para a grande alegria

Eu salto
num crescer por dia.