Poder olhar
e no desfrute espremer-te...
E ao ver-te
provar
sabendo comer-te
o sumo que exalas o mar
é claro sono
o síndrome que o suor exangue
traz ao saberes o me saciar.
22-10-2009
quarta-feira, outubro 28, 2009
quarta-feira, setembro 09, 2009
Eu queria a tua pele na minha pele
a tua pele na madrugada
pelas frinchas dos estores a tua pele
iluminada a tua pele
longe da minha pele
e o bocejo era claro
não sabia a nada a tua pele
foi sono e sonho a tua pele
o ensejo a minha pele
à espera da tua pele
esta noite intocada eu queria
a tua pele na minha esta noite
eu não queria mais nada.
a tua pele na madrugada
pelas frinchas dos estores a tua pele
iluminada a tua pele
longe da minha pele
e o bocejo era claro
não sabia a nada a tua pele
foi sono e sonho a tua pele
o ensejo a minha pele
à espera da tua pele
esta noite intocada eu queria
a tua pele na minha esta noite
eu não queria mais nada.
terça-feira, junho 23, 2009
Eu estava turvo
na boca da boca do mundo
e doiam-me os ombros
de te abrir a boca em espera.
E esperava encostado à curva,
esperando o espaço derrapar.
A boca ansiava a boca,
a saliva a palavra
e mesmo quando falava
temo que não se ouvisse nada.
Não ver nem o espelho
ou o reflexo estranho de um vulto.
Estou turvo sem segredo
em silêncio na boca que estranhava.
Onde estou estava.
12-6-2009
na boca da boca do mundo
e doiam-me os ombros
de te abrir a boca em espera.
E esperava encostado à curva,
esperando o espaço derrapar.
A boca ansiava a boca,
a saliva a palavra
e mesmo quando falava
temo que não se ouvisse nada.
Não ver nem o espelho
ou o reflexo estranho de um vulto.
Estou turvo sem segredo
em silêncio na boca que estranhava.
Onde estou estava.
12-6-2009
segunda-feira, maio 18, 2009
O beijo em que penso tem o vazio da espera.
O que toco é a imagem desse tempo
o retrato a amarelar na densidade do imomento
em que já nem-aí-te-encontro.
Não me vê o beijo para lá do que levou.
Nem o preocupa o sabor que tem a saliva
ansiosa e urgente na demanda da sua própria hora.
E eu nos silêncios que levou noutros que trouxe.
Todas as molduras vazias têm os seus planos.
Penso o beijo em que as poria.
Mas o que toco sou.
Eu apenas só.
18-5
O que toco é a imagem desse tempo
o retrato a amarelar na densidade do imomento
em que já nem-aí-te-encontro.
Não me vê o beijo para lá do que levou.
Nem o preocupa o sabor que tem a saliva
ansiosa e urgente na demanda da sua própria hora.
E eu nos silêncios que levou noutros que trouxe.
Todas as molduras vazias têm os seus planos.
Penso o beijo em que as poria.
Mas o que toco sou.
Eu apenas só.
18-5
quarta-feira, abril 29, 2009
segunda-feira, fevereiro 09, 2009
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