terça-feira, dezembro 18, 2012

Ao teu sorriso
amêndoa
sorri
quando me sorria.

Quanto tempo me dás
para descascar a tua semente?

sexta-feira, dezembro 07, 2012

Houve beijos a derrubar estantes
amigos cúmplices na casa ao lado
uma noite e outra sem sobriedade
e o medo a derrotar o desejo
e o desejo
entre o último beijo que é despedida
e outro último beijo que é despedida
e o tocar-te pela última vez
e tocar-te novamente pela última vez
e outro último beijo
e o desespero de ser
o último
beijar-te e tocar-te
por ser
o último
e por nunca mais acabar o desespero de ser
o último.

Foste.
Pintura cinzenta na madrugada
à procura de dia e de cor.

Moravas em frente ao café de tal.
Passo lá todos os dias
para recuperar o tempo da ternura
a ressaborear o amor
dentro do tempo.