quarta-feira, outubro 03, 2007

Pudesse eu despir-te e contemplar-te sem pensar em explodir em ti. Bem sei que toda esta conversa se pode tornar banal, talvez um semi-cliché - estar a olhar para ti enquanto trabalhas na biblioteca -, mas tenho que exprimir a ternura e o desejo, tenho necessariamente que deixar fluir a imaginação e acompanhar essa torrente com um toque no braço, uma mão na perna - pudesses estar de saia -, enfim uma aproximação em sorriso que nos junta num beijo - e nesse beijo, só aí, talvez eu conseguisse com que te percorresse um arrepio, algo em ti derretesse e me sorrisses: não com a complacência da distracção, mas com o amor acendido e a certeza de que se não estivesses aqui, na biblioteca, te irias despir para que eu te contemplasse.