Venho por denso ausentar-me à porta -
Presença destacada na penumbra do medo,
- Ai mãe que me roubam o tempo!
- Ai tempo que me roubas os demais!
Chego portento no silêncio que encontro –
Espera portanto feita do que há a calar
- Ai mãe que me roubam o sono!
- Ai sono que me roubas o tempo!
E o tempo da espera rouba-me tudo –
Tudo o que eu queria era ver-te passar
- Ai mãe magoam-me as sílabas!
- Ai mãe as palavras demoram a me encontrar!
12 de Maio