Saído da Escuridão do Ventre, de onde nunca deveria ter saído
domingo, agosto 21, 2011
Desenrolas as mãos
longas e cruas
as tuas mãos nuas
que caminham ambições
que despem e cobrem
as tuas mãos escondem
as tuas mãos
longas e nuas
na espera a que te habituas
as tuas mãos
têm que aprender a despir-te sozinhas.
Deita-te de lado
com o sol de frente
e dessa forma diferente
quero ver-te como és.
Brincas com os pés.
E na nudez que o sol reflecte
já nem o tempo se intromete
e eu vou deitar-me ao teu lado.