quarta-feira, julho 11, 2007

Ensinaste-me tanto,
que os homens choram e o pranto
das crianças é mágoa,
desta cor que bebem por água
as crianças.

Ensinaste-me num murmurio
que a prisão sempre cai e um muro
se derruba à nossa volta
e dizes de mim as flores e a lua solta
e me derrubas.

Ensinaste-me a estar nua
e que em mim a terra é tua
e todos já sabem que se move
o cheiro da terra quando choras e chove
e purifica a todos.

Ensinaste-me num suspiro
que quando acordo e me viro
e não estás e lá fora cai a chuva
eu choro de morte, choro viúva,
porque não estás.

Sem comentários: