Um fotograma preso nos dedos
projectado numa espuma de ausência e silêncio.
As paredes vazias. Uma sala escura de prata.
Ausência e silêncio derretidos. Quero ampliar a imagem
das imagens que quero.
Quero resgatar-te à ilha que habitas, quero
filtrar-te nas rodófitas dispersas, quero fotografar-te
numa expiração sôfrega, quero o ponto de fuga geométrico
da luz que exalas, quero a perspectiva do encontro em retrospectiva,
no aquário da câmera que seguro e que aponto para ti,
nas bolhas de ar ansioso do beijo enquadrado que quero.
Folhas ainda vazias.
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