sexta-feira, março 23, 2007

A saber:
Nada sei além
De que dizer o teu nome
É manifesto de filosofia,
Saber o sabor do conhecer,
É vida
E desafiar o medo e a morte
Sem morrer.

Limite que tende para o infinito,
Extremo tudo-ou-nada
Que é de súbito mel,
Para o mal, para o bem,
Sem nada saber além
De que dizer Sofia
Tem do desconhecido a magia
E do filosofar do conhecimento
O momento efémero que é eterno,
E o ar,
Pois se alguém o inspira
É para que fale em perfume
O teu nome.

A saber:
Penso em ti porque existes,
Como porque tenho fome,
Bebo porque tenho sede.
Ao retrato improvisado
De montes, vales, nascentes e florestas
Fiz do teu corpo o meu mundo.
Fecunda no teu ventre,
Tornas-te metafísica, dialéctica,
Ecléctica porque, enfim, material.
Penso em ti e já existo.

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