quinta-feira, abril 05, 2007

O vento arrasta-lhe os cabelos
numa ondulação tonta,
serpenteante,
como um mergulho no vazio.

Para onde leva o perfume
que ficou do sono e da cama?
É preciso recuperar esse perfume,
abraçar o mar com força,
colar ao corpo alvo o sabor das ondas.

E no vento surgir desperto.
E do vento segurar o grito.
E ao vento abrir os braços
e respirar a forma alada
do que somos.

10-2006

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