O vento arrasta-lhe os cabelos
numa ondulação tonta,
serpenteante,
como um mergulho no vazio.
Para onde leva o perfume
que ficou do sono e da cama?
É preciso recuperar esse perfume,
abraçar o mar com força,
colar ao corpo alvo o sabor das ondas.
E no vento surgir desperto.
E do vento segurar o grito.
E ao vento abrir os braços
e respirar a forma alada
do que somos.
10-2006
Sem comentários:
Enviar um comentário