segunda-feira, maio 27, 2013

Não valorizo o efémero
nem sinto falta das coisas simples
nem vivo dos pormenores do que espero
nem me sacio com as minuências que recheiam o tempo.

Trago as dúvidas de memória
mas da mão subtil que acaricia o peito
e do beijo cruzado na fome da espera
e de cada sorriso que adormece apaziguado
e do sussurro gemido ao âmago do desejo
e do amigo que te empurra para fora do desespero
e de cada palavra abandonada à solta num caderno
eu assomo ao futuro com o tamanho dos Homens
porque o justo é que o breve seja eterno
e que até um olhar seja elevado a património.


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