Sei lá
se juntar as cartas
e digerir as mentiras da espera
as palavras não são a plasticina
onde se moldam os poemas?
Sei lá
que consistência terão as palavras
depois de mastigadas?
E a esperança que esqueci
sei lá se me lembrarei?
Sei lá
se a nudez chegar
e se se erguer uma barricada de suor
o corpo não me envergonhe
ou se me envergonhar e eu tenha de ser capaz?
Sei lá
se na esquina do prédio me virar alado
para um sorriso
e se o sorriso me quiser
sei lá se te encontrarei depois?
25-9-08
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