quarta-feira, janeiro 02, 2008

Por ver-te olhando-te
de te ver tocando interrogações
reclino-me um pouco, torto
para te ver tocando-te
absorto
as mil vezes minhas mil inquietações.

Posso-te ver negando-te
tragando massas surumbáticas
desejando-te tocar-te, até um ponto
em que me ver desejando-te
(tonto)
acorda as mil vezes minhas mil texturas enfáticas.

Por não te olhar, mas vendo-te
trago um desgaste pioneiro
que te fere e sara, exangue
por te ter desejando-te
enfim o muco, o suco, o sangue
as mil vezes minhas mil vezes tuas por inteiro.

1 comentário:

Jo, a verdii disse...

ainda bem que conseguiste decifrar aquilo que as tuas mãos escrevem tão bem mas de forma tão pouco legível. Admiro-te muito, por aquilo que és e por aquilo que escreves.